Clima, do grego Klima, significa tendência, inclinação, e tem relação com o grau de satisfação que uma pessoa tem com seus pares, seus líderes e com a instituição onde ela participa, seja uma organização, uma família, um grupo de amigos, um condomínio, um clube, ou uma igreja.

Clima organizacional é um conceito criado para determinar os valores, as atitudes e os padrões de comportamento, formais e informais, existentes em uma organização, ou seja, é uma avaliação das expectativas das pessoas quanto à qualidade de vida dentro da organização. Na vida particular também existe este conceito. Torna-se necessário criar um clima positivo na família, entre os amigos, vizinhos e entre as pessoas de um modo geral para que as coisas aconteçam de maneira mais suave e livres de aborrecimentos. Sink & Tuttle (1993) em sua tipologia de indicadores de desempenho, apontam para a necessidade de se medir a qualidade de vida no trabalho, que depende diretamente da qualidade das relações humanas, outro indicador a ser utilizado num bom sistema de medição de desempenho empresarial. Mas, como obter um bom clima para viver sempre em bom ambiente, qualquer que seja a área da vida?

O líder de um conjunto de pessoas pode contribuir em muito para que alguns parâmetros responsáveis pelo ambiente sejam favoráveis e um excelente clima seja alcançado: planejando as atividades que as pessoas realizarão; dando suporte aos liderados na execução destas atividades; apresentando com clareza os objetivos do grupo e o que fazer para alcançá-los; tendo e demonstrando confiança nas pessoas; tendo respeito e orgulho dos liderados; tratando a todos numa postura de camaradagem; promovendo a colaboração interna do grupo; reconhecendo e comemorando as vitórias individuais e principalmente as coletivas.

Por outro lado, do ponto de vista de cada participante de um grupo, também melhoram o clima, aumentando o grau de satisfação de cada um com o ambiente de convívio:

A Comunicação, fazendo circular informações e conhecimento, não só de forma vertical, ou seja, de quem lidera para os liderados; mas também horizontalmente, entre os diversos participantes de um grupo. Quanto mais bem informadas as pessoas estiverem, mais envolvidas com aquele grupo, com sua missão e com seus objetivos, elas estarão. Por outro lado, a opinião de cada membro sobre o grupo é valiosa, principalmente para quem está de fora. Os membros são os maiores divulgadores do grupo, e sem informação apropriada eles podem não propagar corretamente o perfil, os valores e as reais pretensões e possibilidades daquela coletividade.

A Confiança, que Kieron O’Hara (2004) aponta como o grande problema do século 21. Em um momento onde a sociedade se recupera de uma crise moral e financeira, a confiança deve ser discutida e incentivada na construção de um novo tipo de relação interna do grupo. “Nada é tão rápido quanto a velocidade da confiança. Nada é tão lucrativo quanto a economia da confiança. Nada é tão crucial para um grupo quanto os relacionamentos de confiança”, diz Stephen Covey em seu livro The Speed of Trust (2006).

O Comprometimento, através do estabelecimento e divulgação de valores comuns a todos os integrantes do grupo, obrigando cada membro a assumir responsabilidade com os objetivos do grupo. “Só se compromete quem tem confiança no outro; só se assume compromisso com quem se têm valores ou uma causa em comum. Estar comprometido com uma meta ou com o atingimento de um resultado ajuda a superar perdas ocasionais de motivação”, afirmam Gassenferth et al. no livro Gestão Empresarial em Gotas (2012).

Em resumo, do ponto de vista do líder de um grupo, planejar e ter objetivos claros, apoiar à execução do plano, demonstrar respeito, confiança e reconhecimento aos membros do grupo, além de promover a colaboração e comemoração de suas vitórias, garantem um bom clima ao ambiente de convívio. Do ponto de vista de cada membro do grupo, uma comunicação eficiente de todas as formas; a confiança em si próprio e nos outros membros da coletividade; além de um forte comprometimento afetivo e moral com o grupo, serão responsáveis por um clima positivo e um ambiente bastante agradável.

Referências

COVEY, Stephen M. R. The Speed of Trust. The One Thing That Changes Everything. New York, NY, USA: Free Press, 2006.

GASSENFERTH, Walter; MACHADO, Maria Augusta Soares; KRAUSE, Walther. Gestão Empresarial em Gotas: Agite Depois de Ler. São Paulo: Editora Cengage Learning, 2012.

O´HARA, Kieron. Trust: From Socrates to Spin. Londres, U.K.: Icon Books, 2004.

SINK, D. S. e TUTTLE, T. C. Planejamento e Medição para a Performance. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1993.

 

Instrutor Walter Gassenferth

Consultor associado da LCM Treinamento Empresarial

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