No final do século XVII, Fénelon ajudou a desenvolver o conceito de mentoring como sendo o que prepara uma pessoa para galgar posições profissionais elevadas, o próprio coaching é uma disciplina muito mais jovem. O termo deriva do nome de um determinado veículo chamado “coche”, uma carruagem de origem húngara, concebido em uma cidade chamada “Kocs”. Essa carruagem específica foi projetada e construída durante o reinado do Rei Matias Corvino (1458-90) para transportar o rei e membros importantes do governo. A carruagem teve tanto êxito que seu desenho foi logo exportado para outros países.

Você talvez se pergunte: que ligações pode haver entre uma carruagem e a profissão de coaching? A única resposta que faz sentido para nós é que, no século XVII, um contemporâneo de Fenélon, o fabulista francês Jean de La Fontaine, escreveu um poema intitulado “O coche e a mosca”, no qual se descreve uma mosca atazanando um comboio de cavalos que se esforçavam para empurrar um coche em um morro, e só se atribuiu o sucesso dos esforços ao incentivo e “conselhos”. Pode ser que o conceito do coche do título tenha sido então transferido do transporte para a pessoa que faz, estimula e aconselha.

Na verdade, embora o termo já possa ter sido aplicado há muitos anos, a palavra é oficialmente registrada pela primeira vez na Inglaterra, mais ou menos em meados do século XIX, inicialmente como uma alcunha irreverente para um professor particular que prepara alunos para os exames. Entretanto, o termo logo perdeu sua irreverência, e tornou-se um título admirado nas faculdades inglesas. Em 1880, a palavra também indicava o treinador de equipes esportivas, provavelmente baseado no nobre esporte que era o remo. A primeira associação de treinadores foi a American Football Coaching Association, fundada em 1922, e o termo nos Estados Unidos permaneceu sendo principalmente usado com relação a esportes. Quase todos os livros publicados anualmente nos Estados Unidos sobre coaching, entre 1980 e 1990, referiam-se aos esportes. O coaching foi introduzido na administração como uma metáfora. Ele se enquadrava na nova mentalidade que então se esperava dos funcionários que se estavam tornando recursos “humanos”. Na verdade, até a década de 1960, a maioria das companhias tratava seus empregados como “apêndices” das máquinas. Isso mudou sob a influência da psicologia humanista, com defensores como Carl Rogers e Abraham Maslow, bem como os especialistas de desenvolvimento organizacional. Lentamente, as empresas começaram a se dar conta de que seu quadro de pessoal era mais do que “máquinas inteligentes”, e que cada pessoa era única e, portanto, merecia um tratamento diferenciado. Putting The One Minute Manager to Work, o bestseller de Ken Blanchard publicado em 1984, recomendava o coaching como um estilo de liderança, para obter melhores resultados de pessoas que já tivessem alcançado um nível médio de competência. Seus conselhos eram baseados na obra de Paul Hersey, que criou o modelo conhecido como liderança situacional.

Resumindo: Blanchard e Hersey recomendam que você adapte seu estilo de liderança para se harmonizar com o nível de competência de seus funcionários. A princípio, quando uma pessoa for claramente incompetente e talvez nem sequer perceber que ainda há muito que aprender, ela é “inconscientemente incompetente”. Nessa fase, o gerente precisa ser diretivo, orientando o empregado de maneira exata sobre o trabalho que precisa ser feito.

Depois de certo tempo, o empregado vai adquirir alguma competência. A essa altura, o gerente precisa adotar um estilo de liderança de mais coaching, no qual ele continua a monitorar o trabalho sendo feito e a tomar as decisões finais, mas que dá espaço para o funcionário, perguntando sua opinião e motivando-o a tomar uma decisão racional relativa a como os resultados desejados devem ser alcançados. O foco desta fase está em criar insight e consciência para o “porquê” da tarefa.

Quando a pessoa demonstra ser competente, o estilo de liderança necessário muda outra vez, oferecendo, mais apoio, e a pessoa adquire mais autonomia, especialmente quando chega a hora de decidir como fazer algo e mesmo o que fazer.

Finalmente, quando a pessoa já comprovou ser capaz de lidar com essa nova liberdade, você lhe delega a responsabilidade e simplesmente supervisiona seus resultados.

Gradativamente, o uso da palavra coaching se ampliou do seu significado restrito da estrutura de Blanchard e Hersey, e se tornou um termo vago, abrangendo todos os tipos de abordagens. A década de 1990 presenciou um verdadeiro “estouro” dos livros sobre coaching e mentoring. Hoje, todo gerente precisa ser um coach, independentemente do nível de competência de seus funcionários, e diversificamos para os coaches de vida, coaches de executivos, etc. A quantidade de publicações sobre o tema segue a tendência: o número de livros de coaching do mundo, de língua inglesa, superou os 130 livros por ano, e 40% deles tratam de administração e abordagem de coaching nesta área: coaching de executivos, coaching de equipes, coaching de carreiras, coaching de vida, assim por diante.

O QUE É COACHING?

Coaching é um processo que visa aumentar a performance de um indivíduo (grupo ou empresa), aumentando os resultados positivos, através de metodologias, ferramentas e técnicas conduzidas por um profissional (o Coach) em uma parceria com o Cliente (o Coachee).

É uma assessoria pessoal e profissional que visa potencializar o nível de resultados positivos nas diversas áreas da vida de um cliente, grupo ou empresa.

É uma parceria entre o Coach (profissional) e o cliente que busca a evolução, crescimento, aperfeiçoamento, felicidade, bem estar e o aprimoramento da qualidade de vida.

O processo de Coaching leva o cliente a buscar novos entendimentos, alternativas e opções que façam com que ele amplie suas realizações e conquistas. Este processo pode ser focado em aumento de performance, ou mudança, transformação e aprendizado.

Coaching é uma nova profissão. Combina prática e procedimentos distintos visando dar suporte aos outros para que criem uma vida ideal.

O Coaching envolve diálogo entre o Coach e o cliente, tendo em mente ajudá-lo a satisfazer-se com sua vida. Isso e atingido com procedimentos específicos de total acompanhamento até que o cliente atinja uma determinada meta ou objetivo.

“Coaching é a arte de aumentar a performance em outros.”

“Coaching é o processo de evocar excelência nas pessoas.”

“Coaching promove performance excelente de longo prazo.”

“Coaching potencializa o poder pessoal de cada um.”

“Coaching é uma metodologia que gera conversações efetivas identificação e reformulação de valores, metas e busca de soluções.”

“Coaching atualmente também é considerado como uma habilidade de gestão e gerenciamento de pessoas, indispensável para executivos e líderes.”

O QUE NÃO É COACHING?

Coaching não é terapia, aconselhamento, psicologia, consultoria ou mentoring. O Coaching é uma abordagem pragmática focada na realização de um ou mais objetivos específicos.

Uma das diferenças mais óbvias entre Coaching e Terapia é que a terapia tende a se focar nas experiências e nos sentimentos relacionados a eventos passados. Ao passo que o Coaching é orientado em direção ao ajuste do objetivo e encoraja o cliente a seguir em frente e a obter novas conquistas e realização em pro de sua felicidade e qualidade de vida.

O Coaching geralmente é comparado a aconselhamento, mentoring ou consultoria. Consultores e conselheiros tendem a fornecer conselhos falando o que deve ou não ser feito, ao passo que o Coach ajuda o cliente a descobrir suas próprias soluções.

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