No mundo dos negócios, dois mercados coexistem: o de produtos e serviços e o monetário.

Para que uma conjuntura se desenvolva permanentemente, é preciso que o mercado financeiro financie o crescimento dos investimentos em bens e serviços, de modo que este pague os custos das operações e ainda tenha lucro. Ou melhor, o lucro operacional deve ser suficiente para pagar os juros e encargos das operações financeiras.

O processo decisório, no âmbito financeiro, depende de duas variáveis: manter condições de liquidez, isto é, caixa suficiente para um fluxo de caixa que atenda às necessidades da empresa e buscar maximizar a rentabilidade (lucro).

O planejamento financeiro é a peça importante para alcançar os objetivos mercadológicos.

Conhecer a elaboração dos modelos que definem o capital de giro e o fluxo de caixa da empresa, são os primeiros passos que garantem os resultados esperados de retorno do capital investido.

Primeiramente, com base nas condições de prazos médios de estoque, contas a receber e contas a pagar, tem-se o ciclo de caixa (período que mede o tempo entre a saída dos recursos para pagamento das compras e as entradas pelos recebimentos das vendas). Como consequência, fica definido o “giro do caixa” e, portanto, a necessidade de capital de giro para bancar a operação.

À medida que esse ciclo diminui, o Giro aumenta e a necessidade de Caixa Operacional diminui. Se o Ciclo é negativo, a empresa está financiada por capital de terceiros. Nessa análise, as decisões se resumem em negociar a dilatação do prazo de contas a pagar, reduzir os prazos de estoque e de contas a receber.

O lançamento de um novo produto, a busca de novos mercados ou novas praças, são metas que devem estar alinhadas com as condições financeiras.

Finalmente, temos o planejamento do lucro que se inicia com o cálculo do ponto de equilíbrio da receita de vendas, isto é, a receita capaz de pagar todos os custos e todas as despesas fixas e variáveis. Daí então, analisamos as condições que determinam o “giro” dos ativos (relação vendas/ativos) e a margem das vendas (lucro/vendas).

Finalmente, temos como consequência a taxa de retorno do investimento total (lucro/ativos). Como matematicamente temos a relação: giro x margem = taxa de retorno, analisa-se quais as decisões que melhoram o giro e a margem.

É bom lembrar que existem duas origens de recursos: próprios e de terceiros. Quando o segundo é razoável e menor que os ganhos do operacional, os projetos se realizam e incrementam as taxas de retorno dos investimentos.

Definir a estrutura ótima de capital é consequência da participação de capital de terceiros, seu percentual, custo e forma de pagamento.

Alguns indicadores tradicionais de desempenho (crescimento das vendas, margens sobre a receita, giro dos ativos) servem para avaliar a operação, mas não são suficientes para indicar estratégias que gerem criação de valor, isto é, remuneram efetivamente o capital investido.

O problema consiste exatamente em atuar de forma que o resultado (lucro) pague o custo do capital e agregue valor ao patrimônio.

 

 

Instrutor Luiz Carlos Monteiro

Consultor e sócio da LCM Treinamento Empresarial Ltda 

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