Masakasu Hoji (2004), em seu livro sobre Administração Financeira, diz que neste tipo de administração o objetivo da empresa é maximizar o seu valor de mercado em longo prazo, desta forma aumentando a riqueza de seus acionistas. Portanto, trata-se de um processo que se relaciona com outros de Gestão Empresarial, como os de planejamento, análise e controle do desempenho organizacional e gestão por processos, sendo responsável pela operação e controle dos recursos financeiros da empresa; determinação das suas necessidades de recursos financeiros; planejamento e inventário dos recursos disponíveis; além da captação de recursos externos (BITTENCOURT e PALMEIRA, 2012).

Mas quais são os processos financeiros de uma empresa? O que são, e para que servem estes processos? Antes de responder a estas questões, vale lembrar que os processos financeiros não devem ser confundidos com as áreas que neles atuam e que, muitas vezes, recebem os nomes destes processos.

Contas a Pagar e a Receber: Processo operado pela área de Tesouraria, assim com os três próximos processos, que operacionaliza os pagamentos e recebimentos, observando três princípios básicos: Agilidade operacional, confiabilidade e economia.

Administração do Fluxo de Caixa: Processo que faz a ligação entre as projeções recebimentos e pagamentos e as decisões de captação e aplicação de recursos financeiros.

Captação de Recursos Financeiros: Processo que alinha a programação dos recursos captados nas várias linhas de crédito à disposição das empresas (que têm custos diferenciados) com o seu fluxo de caixa, visando reduzir os custos financeiros da empresa;

Aplicação de Recursos Financeiros: Processo que define e opera as aplicações temporárias de sobras de caixa, trabalhando preferencialmente com ativos financeiros de baixo risco e alta liquidez.

Faturamento: Processo que emite nota fiscal de venda; emite ordem de carregamento; contrata transportadora; baixa estoque; gera obrigação ao comprador (duplicatas a pagar);

Gestão de Crédito e Cobrança: Processo dividido em duas atividades; a primeira analisa a capacidade de pagamento dos clientes, conforme as normas de crédito pré-estabelecidas pela empresa, e a segunda cuida de buscar o retorno dos valores não recebidos daqueles clientes que não puderam pagar os bens ou serviços adquiridos por meio de financiamento, tornando-se inadimplentes (MEDEIROS et al., 2013).

Controle de estoque: De acordo com o SEBRAE, é o processo adotado para registrar, fiscalizar e gerir a entrada e saída de mercadorias e produtos da empresa. A parte física é a realizada pela área de logística da organização, enquanto a parte financeira é feita pela área contábil.

Apuração de resultados: Processo que demonstra, de maneira clara e transparente, os lucros e perdas da empresa, de acordo com os seguintes passos – apurar o saldo final de todas as contas; encerrar todas as contas de receitas e despesas passando-as para uma conta transitória chamada de Resultado do Exercício; contabilizar o imposto de renda; contabilizar as participações estatutárias; transferir o lucro líquido do exercício para os lucros acumulados.

Gestão patrimonial: Processo que faz a atualização dos valores monetários do patrimônio da empresa, através da contabilização e depreciação de seus bens imobilizados, para que exista um controle efetivo de todo o empreendimento da organização. Este processo envolve as atividades de balanço patrimonial, identificação e baixa do ativo imobilizado, balanço das depreciações, e listas de bens por grupo.

Orçamentação: Processo para melhorar a rentabilidade da empresa, através de adequações dos custos e despesas da empresa a sua real possibilidade de gerar receitas, de entender as incertezas e riscos do mercado e de expandir-se com solidez.

Comunicação Financeira: Processo que informa a importância dos seus negócios para os públicos cujas vidas são impactadas pelas suas operações; ajuda a empresa a dar visibilidade aos seus negócios. Os principais assuntos a serem informados por este processo são: Comunicação de fusões, aquisições e IPO’s (primeira venda de ações de uma empresa no mercado); gerenciamento de reputação; posicionamento de altos executivos; relacionamento com investidores; relatórios anuais; reuniões com os principais analistas da indústria; desempenho financeiro da organização.

O mapeamento e o conhecimento destes processos e seus indicadores permitem que as empresas implementem políticas de investimento e de despesas, controlem melhor a rotina de seus processos de negócio e orientem de forma adequada seus processos de tomada de decisão.

 

Instrutor Walter Gassenferth

Consultor associado da LCM Treinamento Empresarial

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