Quando perguntado sobre sua empresa, normalmente um dirigente apresenta o Organograma dela na esperança de que seja entendido o seu funcionamento. Na verdade, uma estrutura organizacional representa apenas a estrutura de poder da empresa, em suas diversas camadas verticais, e a de responsabilidades, em suas funções horizontais.

Se um gerente de processos ou de TI for questionado sobre o funcionamento desta mesma empresa, ele apresentará um diagrama ao qual chamará de Mapa de Contexto dos processos da empresa, contendo uma série de macroprocessos interligados, mostrando o fluxo de trabalho e de informações da companhia. O pessoal de estratégia chamaria este diagrama de Cadeia de Valor da empresa. Este diagrama também é uma representação parcial da empresa, pois mostra apenas como se desenvolve o seu dia-a-dia, caracterizando suas atividades principais e as de apoio. Sem dúvida, mais próximo a um correto entendimento da empresa do que aquele proporcionado pelo organograma dela.

Por outro lado, se indagado sobre os propósitos e rumos da companhia, um profissional da área de estratégia apresentará um Mapa Estratégico, onde estarão distribuídos os seus diversos objetivos em quatro perspectivas: A financeira, que conterá os objetivos que concernem ao resultado final da empresa como lucratividade, receita, custos, retorno ao acionista; a de clientes, que trará os objetivos relacionados ao mercado, tais como aumento da carteira de clientes, lançamento de novos produtos, retenção da base de clientes, busca por oceanos azuis; a interna, que mostrará objetivos ligados aos processos internos da empresa como redução de custos de produção, pesquisa e desenvolvimento de tecnologia, tempo de disponibilização dos produtos para o mercado; e finalmente a perspectiva de aprendizado e crescimento, que abrigará objetivos ligados a três fatores, sendo eles o clima e a cultura organizacional para o bom desenvolvimento das atividades e do relacionamento entre as pessoas, a capacitação do quadro de empregados, e a infraestrutura necessária ao desenvolvimento das tarefas. Estes objetivos estarão distribuídos em quatro raias, cada uma delas relacionada a uma perspectiva, e também estarão interligados por setas demonstrando a relação de causa e efeito entre eles. Esta também é uma forma parcial de mostrar a empresa, pois apresenta apenas seus propósitos e sua forma de integrar toda a organização, alinhando-a em torno de suas estratégias.

Do exposto acima é possível verificar que nenhuma destas formas está completa para que alguém possa conhecer uma empresa, de forma plena, através delas. Contudo, estes três diagramas que cabem numa folha de papel A3, cada, podem ser a solução para que o alto comando da empresa possua um retrato fiel de sua organização, desde que estes mapas venham acompanhados de informações sobre o que eles propõem demonstrar. Estas informações são chamadas pelo pessoal de Controladoria da empresa de indicadores.

O organograma deveria apresentar o contingente numérico de cada uma de suas caixas, divididos em categorias como gestores, pessoal com cargos técnicos e pessoas em cargo de suporte, além dos nomes e endereços eletrônicos dos responsáveis por cada caixa; a Cadeia de Valor deveria conter os dois ou três principais indicadores de desempenho de cada macroprocesso da empresa; e o Mapa Estratégico deveria mostrar os indicadores e metas de cada um dos objetivos a serem perseguidos pela organização, bem como os nomes e endereços eletrônicos dos responsáveis por cada um deles. Desta forma, os gestores da empresa podem ser equipados, através destas ferramentas complementares, com um perfil completo do que a empresa é: Qual a sua estrutura de poder e de responsabilidades, qual o seu “modus operandi” e em que direção ela deve caminhar.

 

Instrutor Walter Gassenferth

Consultor associado da LCM Treinamento Empresarial

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