Ninguém realmente muda o comportamento de ninguém. Reflita por dois minutos sobre a energia despendida, dia após dia, tentando mudar o comportamento dos outros. Outros são outros mesmo, todos, seu chefe, sócio, colegas, subordinados, sua mulher ou seu marido, seus filhos.

Pare agora esta leitura e reflita ao menos por um minuto. A tentativa de mudar os outros é para você um esforço diário, constante e obsessivo?
Será que você se dá conta do quanto seu tempo diário é empregado para mudar comportamento dos outros. É uma energia incalculável. Pior que tudo, absolutamente desperdiçada.

Realmente, se avaliar com rigor os resultados comprováveis desse esforço, você pode concluir que, para a energia despendida, os resultados são bem modestos.

Falo de mudanças comportamentais estabilizadas, fixadas, autossustentadas, que já não dependem de verificação, de reforço, de supervisão. Mudanças internalizadas pelos outros, de tal forma que, independentemente de cobrança, os novos comportamentos são regularmente assumidos.

Agora reflita por mais dois minutos sobre o esforço que você despende em tentar mudar o seu próprio comportamento no relacionamento com cada um dos outros.

Mínimo, não? Até que você tenta algumas vezes, mas desiste logo à primeira resistência do outro.

Aprendi que tentar mudar diretamente o comportamento do outro é um dos equívocos da vida.

Primeiro, porque o esforço é quase sempre frustrante, porque ninguém muda realmente o comportamento de ninguém. Não falo, é claro, da responsabilidade dos pais em moldar, antes de mudar, o comportamento de seus filhos nos anos formatórios, até a adolescência, talvez. Isto se presta a uma outra reflexão.

Aprendi, então, que se alguma possibilidade existe na mudança comportamental do outro, essa possibilidade começa em você, ou melhor, em sua capacidade de mudar, primeiro, o seu próprio comportamento no relacionamento com o outro. Se conseguir isso, talvez o comportamento do outro comece a mudar. O seu desafio é consigo, não com o outro. É melhor despender sua energia nessa direção.

Primeiro, porque o controle está em suas mãos.

Segundo, porque você estará mais pressionado para reduzir sua autoilusão.

Terceiro, porque se concluir que não consegue mudar o seu próprio comportamento, você poderá compreender melhor porque alguém resiste de todo modo, até não consciente, a ser “persuadido” a mudar comportamentos.

Não passe a vida buscando culpados!

Kleber Nascimento

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