Mapa mental é uma preciosa ferramenta de aprendizagem e de transmissão ordenada de dados, informações e conhecimentos, pois favorece a sistematização e a visualização das conexões e inter-relações entre ideias e conceitos.

Seu criador foi o psicólogo inglês Tony Buzan, na década de 1970. Ele pesquisou as anotações de vários gênios, entre os quais Leonardo da Vinci e Einstein, e descobriu que nenhum deles fazia anotações lineares. Buzan concluiu então que nossa mente não trabalha de forma linear. Ela dispara informações em todas as direções, portanto, em formato radial, semelhante à imagem de um neurônio.

PARA QUE SERVE

O Mapa Mental é muito útil para fazer rápidas sistematizações, possibilitando uma boa apropriação dos principais aspectos abordados. Após elaborado, ele pode ser transcrito ou impresso sem nenhuma alteração ou transformado em texto mais explicativo e detalhado. Podemos usá-lo nas mais variadas atividades. Por exemplo:

a) Para anotar ideias durante uma aula ou reunião.
b) Para resumir livros ou textos impressos com informações mais complexas.
c) Para desenvolver ou ilustrar um plano de trabalho.
d) Para construir e gerenciar agenda pessoal.
e) Para preparar uma apresentação.
f)  Para organizar e estruturar ideias antes de uma reunião importante.
g) Para organizar durante a discussão os resultados de uma reunião de negócios.
h) Para elaborar e gerenciar projetos.

AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

Em geral busca-se construir mapas mentais com pouco texto, muitas imagens e cores, seguindo a lógica de causa-efeito, focalizando e visualizando ideias centrais, mas favorecendo – ao mesmo tempo – a compreensão e localização de aspectos secundários relacionados com os principais. Em muitas ocasiões não se dispõe de suficiente tempo e de instrumentos de apoio (pincéis coloridos, quadro branco grande ou folhas de papel apropriadas). Além disso, acontece com frequência que a urgência da cobrança desse instrumento – no decorrer de um encontro ou oficina – acaba impondo a utilização de muitas palavras, poucas imagens e apenas uma cor. Mesmo reconhecendo esses limites, o mais importante é assegurar os principais requisitos de um mapa:

a) Manter a capacidade de focar e visualizar ideias centrais.
b) Deixar claras as conexões internas e com aspectos secundários.
c) Não só usar a lógica de causa-efeito, mas também outras categorias de análise e compreensão conceitual.

COMO CONSTRUIR UMA MAPA MENTAL

Para construir um bom mapa mental, é necessário seguir algumas orientações bem simples.

  • Escrever do centro para fora e em todas as direções. Escreva as informações a partir do centro de uma folha de papel ou de um quadro branco, e desse ponto proceder em todas as direções, fazendo conexões.
  • Usar, na medida do possível, apenas palavras-chave. Escreva o que é realmente mais importante. A escolha delas deve ser bem pensada, pois devem poder resumir questões bem mais abrangentes do que uma simples palavra possa normalmente conseguir expressar.
  • Usar imagens e símbolos. Sabemos que as imagens valem mais do que muitas palavras, pois cada imagem favorece maior compreensão, ilustrando melhor as ideias. Não é preciso ser bom desenhista ou pintor.  Basta rabiscar ou inventar a imagem que a ideia possa suscitar. Poderá ser uma garrafa, uma bola, um sol, círculos concêntricos, uma casa, uma seta, uma interrogação, etc.
  • Escrever de forma bem legível. Não estamos escrevendo apenas para nós mesmos, mas para sermos compreendidos por outros. É bom sempre se lembrar disso. Esse lembrete implicará muitos cuidados, inclusive naqueles relacionados com a escolha do tamanho da letra, da “arte gráfica final”, assim como de mil outros aspectos.
  • Fazer todas as conexões. Cuidado para não deixar nada isolado. Estabeleça sempre relações. Podem ser relações de causalidade ou de agregação, de interdependência, de transversalidade, de rede, etc. Às vezes, não sabemos bem com quais relações estamos lidando, mas ao escrever as coisas vão ficar mais claras. Se for preciso, se apaga o que se escreveu no começo e se começa de novo. O pensamento da gente não é linear: ele avança, recua, faz saltos, depois vai de lado para outro, até se nivelar.
  • Usar cores, de modo que apareçam as diferenças entre as palavras. As palavras não assumem sempre o mesmo peso e significado. As cores e o tamanho das letras podem ajudar a fazer essas diferenças. Um mapa colorido será certamente mais fácil de ser interpretado.

 

Instrutor Carlos Alberto Motta

Consultor associado da LCM Treinamento Empresarial Ltda

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