Até pouco tempo, o home office e o teletrabalho eram considerados tabus em boa parte das organizações, sobretudo nas empresas brasileiras, onde políticas rasas e obsoletas de gestão valiam-se do adágio popular os olhos do dono que engordam o gado.
Ainda hoje, muitos gestores antiquados supervalorizam a importância da presença física e entendem que liderar sua equipe resume-se a controlar a pontualidade e a assiduidade de seu time através do relógio de ponto. Em muitas empresas os funcionários presenteístas e desorganizados que trabalham mais e ficam na empresa muito além do expediente ainda são mais admirados que aqueles que produzem mais em menos tempo.
Tabus, resistências e equívocos à parte, o trabalho a distância ou trabalho remoto veio para ficar e, a cada dia, conquista mais adeptos e defensores. Dos pequenos empreendedores às empresas de todos os portes, como também na oferta crescente de ferramentas e facilidades.
Trabalho remoto não é mais um mito. É o novo normal. No Brasil, por exemplo, a lista de empresas que adotaram o trabalho a distância conta com gigantes como Gol, Bosch, HP Hewlett Packard, IBM, Merrill Lynch, Natura, Symantec, Shell, Volvo, Porto Seguro e Dell, entre outras.
Este livro traz para você uma série de dicas e reflexões sobre o trabalho remoto tanto na ótica da empresa, do gestor e do colaborador como também da comunidade e do Estado. Para cada um desses personagens relacionei os principais desafios e oportunidades desta alternativa de trabalho. Acrescentei também algumas dicas para aqueles que pretendem abraçar este caminho, além de indicações de ferramentas e aplicativos.
O QUE É HOME OFFICE E TELETRABALHO?
Há uma grande confusão entre as diferentes modalidades de trabalho remoto. Basta fazer uma rápida pesquisa na internet para encontrar, por exemplo, textos que alternam indiscriminadamente os termos home office e teletrabalho tratando ambos, portanto, como sinônimos. Todavia, há uma importante distinção entre esses dois conceitos.
1 – HOME OFFICE
O home office é eventual e não tem amparo legal. Normalmente acontece sem planejamento e não demanda métodos, estrutura e procedimentos específicos. Costumamos dizer que um funcionário está em home office quando por algum motivo qualquer, desde uma paralização nos transportes públicos até um pé engessado, ele ficou trabalhando em casa sentado na cama e com o notebook no colo. O home office é uma exceção à regra. Muitas vezes apenas um improviso sem grandes expectativas e implicações.
2 – TELETRABALHO
O teletrabalho ocorre com uma frequência, normalmente, preestabelecida e a partir de métodos e procedimentos previamente elaborados e negociados. O teletrabalho é amparado com requisitos previstos em lei. Ele não é uma exceção, é a regra.
O teletrabalho pode ser integral, parcial (quando, por exemplo, o colaborador trabalha três dias na sede da empresa e dois dias em casa), intermitente (quando não há um vínculo de trabalho contínuo, alternando entre períodos de prestação de serviços e afastamento com duração variável), por projeto ou esporádico. Pode também cobrir apenas projetos específicos como atender processos de rotina.
Baixe este e-book e conheça uma série de dicas e reflexões sobre o trabalho remoto tanto na ótica da empresa, do gestor e do colaborador, como também da comunidade e do Estado. Para cada um desses personagens, foi relacionado os principais desafios e oportunidades desta alternativa de trabalho. Acrescentado também algumas dicas para aqueles que pretendem abraçar este caminho, além de indicações de ferramentas e aplicativos.
Instrutor Sérgio Guimarães
Consultor associado da LCM Treinamento Empresarial