A arquitetura de uma empresa consiste em um modelo que pode ser usado para representar seu ciclo de vida. Tal modelo pode auxiliar no processo de planejamento e análise da organização. É preciso entender seu negócio, seu ramo e o mercado no qual se encontra (ambiente externo), seus processos, sistemas de informação e capital humano (ambiente interno), e alinhar tudo isso com suas estratégias empresariais para atingir os objetivos desejados. Em suma, repensar os métodos operacionais e sua estrutura de suporte para permanecer competitivo. Especial atenção deve ser dada à combinação arquitetura-estratégia para que a arquitetura adotada permita à organização implementar suas estratégias. A mesma atenção também deve ser dada ao binômio arquitetura-cultura para que a arquitetura se harmonize com os indivíduos que trabalham na empresa.

A cada ano os objetivos estratégicos da empresa mudam a função das demandas do ambiente externo e das capacidades e competências adquiridas pelo ambiente interno da empresa. Contudo, sua arquitetura organizacional, em especial sua estrutura organizacional, evolui pouco ou quase nada. O resultado é uma empresa cada vez mais engessada, com brilhantes planos, mas com pouca capacidade e condições para a realização deles. Portanto, o redesenho da arquitetura organizacional deve ser parte dos planos de ação de um bom planejamento estratégico. De acordo com o professor Henrique Uzêda (2011), os tipos existentes de arquitetura organizacional e suas principais características são: Tradicional, possui caráter autoritário, hierárquico, vertical, mecanicista e burocrático; Moderna, caracteriza-se por uma construção orientada pela abordagem sistêmica, comportamental e orgânica; Contemporânea, fruto do advento da globalização, tem nos fatores de mercado e na evolução tecnológica suas bases, de onde surgem soluções adhocráticas, participativas e horizontais.

Para se conseguir uma estrutura organizacional de alta performance deve-se ter como pré-requisito trabalhar os três “C” do bom ambiente: Clima, Colaboração (ou Co-criação) e Comemorações (ou Celebrações); e mais os quatro “C” do bom relacionamento empresa-empregado: Comprometimento, Comunicação, Conexão e Confiança. A melhoria destes fatores proporcionará um ambiente favorável ao redesenho e implantação de uma arquitetura organizacional mais apropriada aos objetivos estratégicos da empresa e à sua cultura.

Através de um processo de gestão da mudança, e seguindo alguns passos básicos é possível redesenhar e implementar o redesenho de uma arquitetura organizacional:

Passo 0: Trabalhar os 7 “C” do ambiente e do bom relacionamento empresa-empregado;

ESTUDO DO ESTADO PRESENTE DA EMPRESA

Passo 1: Realizar um diagnóstico da situação atual: Estudar as estruturas formais (Organograma; Normas; Métodos; e Processos) e informais (Relações; Comportamentos; Reais papéis; e Estruturas de projeto) da empresa;

Passo 2: Estudar a missão, a visão e os valores da organização;

Passo 3: Analisar as tendências externas que podem afetar o desempenho da empresa;

Passo 4: Redesenhar a arquitetura organizacional da empresa, incluindo sua estrutura organizacional;

PASSAGEM PELO ESTADO DE TRANSIÇÃO

Passo 5: Preparar um plano para lidar com os quatro tipos de envolvidos na mudança para uma nova arquitetura organizacional: Aliados, Bloqueadores, Membros da Rede e Desaceleradores do projeto de mudança;

Passo 6: Traçar um mapa de transição gerencial: Gerenciar o desconforto da mudança para o corpo gerencial da organização;

Passo 7: Desenvolver o consenso e o alinhamento entre os membros da organização sobre a nova arquitetura organizacional, em especial sobre a nova estrutura organizacional, promovendo os ajustes necessários;

Passo 8: Transformar o plano em ação: Implementar as mudanças na arquitetura organizacional da empresa;

CHEGADA AO ESTADO FUTURO: GERÊNCIA DAS CONSEQUÊNCIAS DA MUDANÇA

Passo 9: Divulgar o novo projeto organizacional;

Passo 10: Realizar uma sessão de aprendizagem e corrigir as eventuais falhas;

No futuro, as arquiteturas organizacionais tenderão cada vez mais ao trabalho matricial em redes neurais, ou seja, de decisão e poder distribuídos, com ênfase nas atividades por processos e no aprendizado contínuo, com limites organizacionais imprecisos, e substituindo as normas e regras por valores organizacionais.

 

Instrutor Walter Gassenferth

Consultor associado da LCM Treinamento Empresarial

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