Há um fato que é incontestável: a comunicação eficaz é símbolo de poder e autoridade. Cada vez mais a busca da excelência nas comunicações é um desafio para quem pretende atingir um alto nível de profissionalismo.

Em um mundo competitivo, onde um bom marketing pessoal pode ser a senha para o sucesso, há necessidade da competência técnica, aliada à competência comportamental e emocional, que incluem relações interpessoais mais enriquecedoras. E afinal de contas:

  • Quem de nós não quer ser ouvido com interesse e respeito?
  • Quem de nós não quer ser aceito?
  • Quem de nós não quer persuadir o interlocutor com ideias claras, coerentes e objetivas?
  • Quem de nós não quer participar do meio em que vive e influenciar nas decisões do grupo?
  • Quem de nós não quer transmitir segurança e fluência durante a explanação de um assunto?
  • Quem de nós não quer receber feedback positivo quanto às atuações como comunicadores e facilitadores da aprendizagem?

Quanto ao aspecto individual, comunicar-se bem é uma forma de libertação. Quando falamos, temos a oportunidade de arrancar as máscaras e deixarmos transparecer quem realmente somos, liberando outras formas de expressão que permaneciam em estado latente. Esse processo ajuda a dar vazão ao lado criativo.

Nós nos comunicamos para sermos reconhecidos e aceitos, para sabermos quem somos, por meio do espelho que o outro nos mostra. Somos eternos investigadores de nós mesmos, mas quem nos possibilita a revelação instigadora de quem aparentamos ser, no meio em que atuamos, é o outro. É ele que nos apresenta pistas, que desvendam a parte de nós que, muitas vezes é cega e surda. Ter a sabedoria para mergulhar com coragem nessa autodescoberta é tarefa complexa. A comunicação é a ponte que propicia o desnudamento desse território tão íntimo.

Nós somos do tamanho da comunicação que conseguimos estabelecer no meio em que atuamos. Ter a coragem para se comunicar é estar disponível ao contato social. O processo comunicativo é uma necessidade essencial à natureza humana. Essa lei é imutável. Ignorá-la é selar um pacto com a inanição afetiva, mental e intelectual.

Ela é o nosso instrumento de exploração do mundo e também é, ao mesmo tempo, o instrumento com o qual o mundo nos explora. É através desse jogo que formamos, gradualmente, as opiniões, conceitos e juízos que nortearão nossas vidas, sem os quais seria impossível a convivência.

Fincamos nossa estrutura pessoal por meio das comunicações que praticamos. Se os meus pensamentos têm qualidade e consigo transmiti-los com inteligência, empatia e sensibilidade, isso pode me assegurar maior excelência nas relações interpessoais, gerando maior sucesso nas ações cotidianas.

Quando nos comunicamos bem, realizamos uma viagem em direção à essência secreta do coração e da mente do outro, e nos tornamos companheiros/ cúmplices nessa travessia ! Para isso, não basta falar bem, utilizando corretamente as regras gramaticais. Há necessidade de muito mais ! É preciso mobilizar nossos recursos internos e externos para facilitar a arte do diálogo, que não é um simples despejar de palavras, é ir ao encontro, é abster-se de julgamentos precipitados, dando chances para a troca democrática de ideias, propiciando um clima de confiança e bem estar, utilizando a empatia na busca do processo de sinergia.

Além disso, é necessário buscar feedback quanto à nossa atuação. Só conseguimos construir relações verdadeiras a partir do momento em que enxergamos com maior propriedade quem somos nós e qual o impacto que causamos nos vários grupos sociais. Ter consciência dessa imagem social faz parte da ação corajosa de quem busca uma comunicação plena.

O SER HUMANO É PRODUTO DA COMUNICAÇÃO QUE VIVEU.

Dar-nos o direito à expressão é conquistar a liberdade de ser, é tomar posse de novos territórios, é afirmar-se perante a vida, é transformar-se no encontro com o “outro”. É preciso aprender a buscar a própria palavra, como quem busca a própria identidade.

Compreender a dimensão do processo comunicativo é um caminho para compreender a própria vida.

O mundo ecoa de acordo com as comunicações que estabelecemos com os nossos semelhantes. Somos o meio e o produto dessas relações.

Investigar a forma como revestimos e expressamos os pensamentos nos possibilita a análise das várias facetas de nossa personalidade, o que nos mostrará como atuamos nos vários grupos sociais. Esse é um mapa necessário, que fornece oxigênio para um mergulho interior e para uma aprendizagem desafiadora, tão necessária para nos tornarmos melhores como seres humanos !

Se temos consciência que contamos a nossa história por meio de cada ato comunicativo, se temos consciência da importância dessas inter-relações, tornando comuns os pensamentos, as sensações e os desejos, cabem-nos as seguintes reflexões:

  • Até que ponto estou comprometido com a busca de uma comunicação livre, sem distorções e obstáculos ?
  • Até que ponto estou ampliando minhas potencialidades verbais e não verbais?
  • Até que ponto tenho me permitido ser quem eu realmente quero ser?
  • Até que ponto há coerência entre o que digo, penso e faço?
  • Até que ponto minha imagem externa condiz com o que percebo a meu respeito?
  • Até que ponto valorizo o meu “estar” no mundo?
  • Até que ponto deixo que os medos e inseguranças sejam mais fortes que a minha coragem para administrá-los?
  • Até que ponto saboto com pequenas armadilhas as minhas chances de sucesso?
  • Até que ponto meu magnetismo pessoal está sendo lapidado, com inteligência e determinação, com o objetivo de me tornar melhor?

RESPIRAMOS COMUNICAÇÃO!

  • Até que ponto estou afinando meus instrumentos internos e externos na busca de uma música que prima pela inovação melódica?
  • Até que ponto, com a música que toco, estou construindo um clima propício ao processo de sinergia, permitindo uma comunicação harmoniosa com outros solos, para a conquista da excelência da orquestra…

 

Eunice Mendes

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