Há mais de 30 anos, Richard Bandler estudava matemática e psicologia na Universidade de Santa Cruz na Califórnia. Nos finais de semana trabalhava gravando workshops e ficou muito impressionado com a habilidade de comunicação e com os resultados de dois terapeutas com que teve contato, Fritz Perls (criador da Gestalt-terapia) e Virgínia Satir (terapeuta de família). Ele ficou interessado em aprender o que eles faziam e pediu a ajuda de seu professor de linguística, John Grinder.

Estudando os vídeos, eles começaram a decodificar os padrões de linguagem e de comportamento daqueles dois excelentes terapeutas e escreveram o livro A Estrutura da Magia, mostrando que algo que parecia magia tinha uma estrutura. Assim foi criado o primeiro modelo da PNL, o metamodelo de linguagem.

O metamodelo foi criado pela PNL a partir de diversos princípios da gramática transformacional e a partir de observações e modelagem de pessoas que desempenhavam com excelência a prática clínica. Bandler e Grinder observaram, dentre outros, Frits Pearls, Milton Erickson e Virgínia Satir. A partir dessas informações o metamodelo pode ser codificado em padrões eficazes de comunicação para que as falhas fossem detectadas. Com essa técnica podemos tornar nossa comunicação mais incisiva e com isso chegar mais facilmente ao nosso objetivo.

Quando nascemos e choramos o que nossas mães fazem é interpretar nosso choro. Ele pode ser de fome, de alguma dor ou mesmo para pedir colo. A nossa existência acontece quando podemos nos expressar com palavras. Para nos constituirmos como seres, precisamos do laço, e o nosso vínculo social acontece através da fala. É através da comunicação que estabelecemos a relação com o outro, e nesse contexto aparecem nossas maiores alegrias ou nossas piores tristezas, como descrito por Freud em seu texto Mal-Estar na Civilização (Vol XXI: 1927 – 1931): Constituído de padrões, o metamodelo visa minimizar esse tempo, disponibilizando a cada um de nós uma forma eficaz para identificar se está ocorrendo omissões, distorções ou generalizações na fala do outro. Cada padrão disponibiliza uma pergunta, um desafio para podermos chegar ao cerne do discurso alheio.

Cada padrão de metamodelo tem sua importância e em muitos casos eles podem ser combinados para uma melhor elucidação da fala do outro. Podemos nos tornar excelentes comunicadores com a assimilação do metamodelo. Somos capazes de identificar mais facilmente o mapa do outro e chegar mais rapidamente ao foco do assunto.

Em seguida, Blander e Grinder passaram algum tempo estudando com Milton Erickson, médico e psicólogo e um dos maiores hipnoterapeutas da história. E escreveram outro livro: Os Padrões de Linguagem Hipnótica de Milton Erickson. Erickson escreveu o prefácio do livro e comentou que ao trabalhar com hipnose não tinha consciência clara de como fazia e dos padrões de linguagem que usava e que foram descritos por Bandler e Grinder.

Juntamente com as esposas e amigos, eles formaram um grupo de estudo para aplicar os modelos aprendidos e logo, mesmo sem serem terapeutas, começaram a obter os mesmos resultados daqueles que eles modelaram. Quando resolveram dar um nome para o que estavam fazendo, escolheram Programação Neurolinguística.

Então a PNL começou como um processo de modelagem. Se alguém faz muito bem uma coisa, com a PNL podemos levantar o processo, a estratégia, fazer igual e obter os mesmos resultados. A PNL logo se expandiu para além do campo da comunicação e da terapia e começou ser utilizada no campo de aprendizagem, saúde, criatividade, liderança, gerenciamento, vendas, consultoria e treinamento em empresas. Dos EUA ela se expandiu praticamente para o mundo todo.

Fonte: Joseph O’Connor and John Seymour, Treinando com a PNL, Summus Editorial,1996.

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