Imagine que você foi indicado por sua empresa para fazer um curso de pós-graduação na área de Gestão Empresarial, e que dentre as disciplinas cursadas você se destacou em Estratégia e Planejamento Estratégico, concluindo a disciplina com a nota máxima. De volta à empresa, você descobre que uma consultoria, famosa e muito cara, vai trabalhar dentro da organização durante os próximos três meses (Novembro, Dezembro e Janeiro) ajudando-a a desenvolver o seu Planejamento Estratégico para o próximo ano. Comentando com um amigo sobre a necessidade de utilizar tão dispendiosa consultoria, uma vez que a empresa é de médio porte, este sugere que outra consultoria, nacional, de menor porte, talvez fosse a escolha mais correta. Contudo, ninguém pensa ou sugere que a “prata da casa”, que está sendo treinada nas melhores escolas de negócio do país nos temas que envolvem a gestão empresarial, seja aproveitada nesta tarefa.
Um Agente do Conhecimento é alguém que tem uma função específica em qualquer parte da empresa, mas que se dedica a estudar determinado tema, que pode ou não ter relação com a sua atividade. Este tema, na área de gestão empresarial, tem que ser de interesse ao bom desempenho da organização. Normalmente esta pessoa tem um forte conhecimento do tema e pode ser aproveitada para desenvolvê-lo, mesmo sem deixar sua função original na companhia. As formas que um Agente do Conhecimento pode ajudar a organização são as seguintes:
1. Disponibilizar um contato, preferencialmente de comunicação escrita, para ser consultado por qualquer outro funcionário sobre o tema de seu domínio;
2. Participar como consultor nas atividades matriciais (projetos, mapeamento de processos, iniciativas estratégicas, desenvolvimento de produtos) que envolvam o seu tema de domínio;
3. Ser utilizado com instrutor nos treinamentos internos da empresa sobre o assunto em que ele é um estudioso.
Uma maneira simples da área de recursos humanos começar a recrutar os Agentes do Conhecimento é cadastrar as notas que os empregados vão conseguindo em suas pós-graduações custeadas pela empresa. O objetivo é registrar as notas de destaque como um primeiro indício de um possível Agente do Conhecimento naquela disciplina. Outra forma, seria realizar concursos sobre os temas que necessitam dos Agentes, visando descobrir os talentos da empresa naquele tema.
Considerando que os Agentes do Conhecimento terão tarefas adicionais às suas, uma forma de mantê-los motivados e fiéis ao programa é premiá-los, não com recompensas financeiras, mas com treinamentos ou breves períodos de descanso patrocinados pela empresa: A oferta de um par de passagens e três ou quatro diárias de um bom hotel dentro de um feriado é um exemplo de baixo custo se comparado às despesas de viagens de uma grande empresa. Em uma empresa de menores possibilidades, treinamentos avançados dentro do tema de atração do Agente, também é uma possibilidade de reconhecimento aos seus serviços suplementares à organização.
Para o profissional que aceita participar do programa, três são as vantagens por fazê-lo: Reconhecimento e prestígio na organização, acúmulo de conhecimento sobre diversas partes da empresa, e aumento de suas possibilidades de empregabilidade no mercado. Se na história com que iniciamos esta seção houvesse um programa de Agentes do Conhecimento rodando na companhia, com certeza você e outros colegas com o mesmo perfil seriam convidados a trabalhar no desenvolvimento do planejamento estratégico da empresa, economizando um bom quinhão em seus custos e desenvolvendo de forma prática as metodologias aprendidas no curso de pós-graduação. Quer retorno melhor para ambos?

Instrutor Walter Gassenferth
Consultor associado da LCM Treinamento Empresarial

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