Passados oito anos da publicação do documento que estabeleceu as 10 habilidades que o profissional precisaria ter para prosperar na quarta revolução Industrial; material elaborado pelo World Economic Forum, da ONU, de 2015; na convenção de 2023, foi apresentado um relatório que destaca uma lista de competências que se tornarão cada vez mais relevantes, em todas as áreas, para o futuro do trabalho.
A partir destas duas informações pode ser feito um comparativo do que mudou em 8 anos na cabeça dos especialistas e estudiosos do assunto, no que concerne as competências preferenciais de um bom profissional.
Algumas são exatamente as mesmas, como “pensamento crítico”, e o “pensamento criativo”. Mas as semelhanças param por aí. “A inteligência emocional” e a “flexibilidade cognitiva” deram espaço à resiliência, flexibilidade, agilidade. A “gestão de pessoas” e a “orientação para servir” se curvaram à liderança e influência social e à empatia e escuta ativa.
Já competências proativas como “julgamento e tomada de decisão”, “negociação” e “resolução de problemas complexos”, foram trocadas por características mais pessoais, tais como motivação e autoconhecimento, curiosidade e aprendizagem contínua, e confiabilidade e atenção aos detalhes.
Uma novidade, já esperada no mundo em que vivemos, foi a inclusão do repertório tecnológico como uma das habilidades chave da nova era.
Por fim, a “coordenação com os outros” definida como a capacidade de conectar-se e colaborar com os profissionais no ambiente de trabalho, cedeu espaço ao controle de qualidade, que é a capacidade de garantir a segurança e execução dos processos laborais.
Conclui-se que na era do novo normal, as competências mais proativas cederam espaço àquelas mais exploratórias, as mais relacionais se curvaram às mais voltadas à autoconsciência (self-awareness), e as mais intelectuais se renderam às mais organizacionais. Tudo isto apoiado por uma importante imersão nas tecnologias emergentes.
Cabe destacar, que o blog da câmara americana de comércio (Amcham), em seu artigo sobre tecnologias emergentes, afirma que “…Trata-se de recursos essenciais para motivar diferentes transformações que, ao longo do tempo, impactarão a nossa rotina e economia…”. Daí a competência repertório tecnológico ser a habilidade essencial que mais cresce, servindo de base para as outras competências. O rápido avanço da tecnologia, as cadeias de valor reestruturadas, e a transição ecológica estão criando enormes oportunidades para que as economias e as empresas prosperem.
Referências:
AMCHAM. O que é tecnologia emergente e quais os principais exemplos. In: Blog do site da AMCHAM. Disponível em https://www.amcham.com.br/blog/tecnologia-emergente#:~:text=Trata%2Dse%20de%20recursos%20essenciais,diferentes%20demandas%20do%20mercado%20atual. Consultado em 08/10/2024.
GASSENFERTH, Walter. Habilidades do profissional do futuro, na prática. In: Blog EmGotas. Disponível em https://emgotas.com/2019/01/01/habilidades-do-profissional-do-futuro-na-pratica/.Consultado em 08/10/2024.
WORD ECONOMIC FORUM. Future of jobs 2023: These are the most in-demand skills now – and beyond. Disponível em https://www.weforum.org/agenda/2023/05/future-of-jobs-2023-skills/#:~:text=The%20top%2010%20skills%20of%202023&text=Creative%20thinking%20comes%20second%2C%20ahead,to%20adapt%20to%20disrupted%20workplaces. Consultado em 08/10/2024.
WORLD ECONOMIC FORUM. The 10 skills you need to thrive in the Fourth Industrial Revolution. Disponível em https://www.weforum.org/agenda/2016/01/the-10-skills-you-need-to-thrive-in-the-fourth-industrial-revolution/. Consultado em 29/12/18.
Instrutor Walter Gassenferth
Consultor associado da LCM Treinamento Empresarial