No passado acreditávamos que a inteligência se media apenas pelo QI (Quociente de Inteligência) que, na verdade, mede apenas a capacidade lógica de cada indivíduo. Cada vez mais aprendemos que outros tipos de inteligência existem, e são necessárias para que uma comunidade alcance sua plenitude.

TIPOS DE INTELIGÊNCIA

Howard Gardner em seu trabalho “teoria das inteligências múltiplas” (1983) descobriu que uma pessoa tem sete tipos de inteligência desenvolvida em maior ou menor grau, a saber:

  • Inteligência Linguística: Talento para lidar com as letras e com as pessoas; facilidade de se expressar tanto oralmente quanto na forma escrita;
  • Inteligência Lógica: Talento para lidar com números e questões lógicas; alta capacidade de memória e de raciocínio matemático;
  • Inteligência Motora: Talento para os esportes e para a dança; forte noção de espaço, distância e profundidade; talento em expressão corporal;
  • Inteligência Espacial: Grande capacidade de abstração 3D e 2D, relacionada também à criatividade, imaginação; talento para criar e desenhar imagens;
  • Inteligência Musical: Grande talento para a música e aptidão criativa;
  • Inteligência Interpessoal: Capacidade prática para comandar as pessoas; aptidão de extrair o melhor delas e de assumir responsabilidades;
  • Inteligência Intrapessoal: Capacidade de influenciar as pessoas no campo das ideias; enorme facilidade em entender o que as pessoas pensam, sentem e desejam.

Inteligência Emocional

Daniel Goleman, em seu livro “inteligência emocional” (1996) define um tipo de inteligência que está baseada no poder de identificar as suas emoções e as alheias, bem como o dom de trabalhar cada uma delas. Para que um indivíduo se desempenhe bem ele necessita de inteligência intelectual, flexibilidade mental, objetivos traçados, equilíbrio emocional e determinação. Portanto, este tipo de inteligência é a base das inteligências interpessoal e intrapessoal de Howard Gardner. A maior parte das pessoas que se desorientam e fracassam em uma atividade profissional ou pessoal têm um QE (Quociente Emocional) baixo, algumas até com alto QI.

Inteligência Espiritual

Recentemente uma nova proposta de inteligência foi apresentada pela física e filósofa Danah Zohar, em seu livro “QS: Inteligência Espiritual” (2012). Trata-se de um conjunto de faculdades intelectuais que implica em se acreditar em uma psique criadora, bem como na possibilidade de se relacionar com ela. Estudiosos identificaram no cérebro humano uma área denominada “ponto de Deus”, responsável pelas experiências espirituais e pela busca por significado e valores para a vida. Danah Zohar também identificou dez qualidades comuns às pessoas espiritualmente inteligentes:

  • Praticam e estimulam o autoconhecimento profundo;
  • São levadas por valores, ou seja, são idealistas;
  • Têm a capacidade de encarar e utilizar a adversidade;
  • São holísticas;
  • Celebram a diversidade;
  • Têm independência;
  • Perguntam sempre: por que?
  • Têm a capacidade de colocar as coisas num contexto mais amplo;
  • Têm espontaneidade;
  • Têm compaixão.

Se fizermos uma convergência dos estudos nas três obras, continuaremos com sete tipos de inteligência: linguística, lógica, motora, espacial, musical, emocional e espiritual; o que nos mostra que a diversidade dos seres humanos no planeta, não necessita ser uniformizada e pasteurizada, mas sim unida de forma harmoniosa, respeitando e aproveitando o melhor das inteligências em prol de uma sociedade plural, integrada, cooperativa e justa.

Referências

GARDNER, Howard. Estruturas da Mente: A Teoria das Inteligências Múltiplas. Porto Alegre: Artmed Editora, 1983.

GOLEMAN, Daniel. Inteligência Emocional: A Teoria Revolucionária que Redefine o que é ser Inteligente. Rio de Janeiro: editora Objetiva, 1996.

ZOHAR, Danah e MARSHALL, Ian. QS: Inteligência Espiritual. Rio de Janeiro: Galerinha Record – Grupo Editorial Record, 2012.

Instrutor Walter Gassenferth

Consultor associado da LCM Treinamento Empresarial

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