A Consultoria Innoscience (http://www.innoscience.com.br/) desenvolveu um conceito de inovação, bastante utilizado hoje pela 3M (BLOG 3M, 2013), chamado de Octógono da Inovação (INNOSCIENCE, 2013,) que contempla dimensões que devem ser trabalhadas para que uma empresa consiga inovar em seus produtos/serviços, processos e negócios:
- Estratégia de inovação, que deve definir os níveis de colaboração e abordagens de gestão para cada tipo de inovação;
- Relacionamento com clientes, que são conexões que permitem que as ideias geradas e refinadas internamente por times de inovação possam passar pelo que a 3M chama de “innoday”, onde os clientes validam e ajustam as ideias;
- Cultura da organização, que é um fator a ser trabalhado pela alta gerência no sentido de, modificando estruturas e processos, favorecer mudanças nas relações entre as pessoas e nos comportamentos em direção à inovação: A 3M permite que até 15% do tempo dos colaboradores seja dedicado a projetos de potencial inovador;
- Pessoas envolvidas, a organização deve definir quais os profissionais da empresa devem estar envolvidos em determinado programa de inovação, dependendo da estratégia definida e da área tema da inovação;
- Estrutura para a inovação, que é o modelo de operação contemplando os programas de incentivo à inovação, onde ocorrem, qual sua duração e os fluxos e critérios que poderão ser integrados para uma possível combinação de programas;
- Processo de inovação, que está baseado em ferramentas de TI focadas em inovação. Elas facilitam a fase de contato com os usuários, como também automatizam o “workflow” permitindo que ideias sejam encaminhadas para diferentes analises. A 3M já utilizou com sucesso o Nous (http://site.noussoftware.com/) e o BrightIdea (http://www.brightidea.com/);
- Funding, que são os investimentos destinados à inovação, indicando a relevância dada pela alta gestão para as atividades de desenvolvimento de novos produtos, processos, serviços e negócios;
- Liderança comprometida com a inovação, que mostra todos aqueles que, dentro da empresa, possuem o poder de influenciar outras pessoas em direção à busca da inovação.
Além disto, existe a preocupação de que a intenção de inovar não morra no discurso das lideranças, nem que armadilhas impeçam a boa intenção das empresas em inovar. Maximiliano Carlomagno e Felipe Ost Scherer, diretores da INNOSCIENCE (2013), apontam, em um artigo publicado na Revista Época Negócios sobre “as 10 armadilhas da Gestão da Inovação” (http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/0,,EMI107268-16366,00-AS+ARMADILHAS+DA+GESTAO+DA+INOVACAO.html), os perigos de não preparar adequadamente este importante processo: Implantar apenas o canal de ideias e achar que estabeleceu um processo de inovação na empresa; deixar a criatividade fluir livremente, sem direcionamento; pedir os números do projeto, como tamanho de mercado, fluxo de caixa descontado, taxa de retorno do investimento, muito cedo; deixar que o “pai ou a mãe” da ideia façam a gestão do projeto do começo ao fim; medir os resultados da inovação apenas pelo ganho financeiro ou número de produtos/serviços desenvolvidos; pedir que cada pessoa dedique um pouco do seu tempo à inovação, sem uma coordenação; estabelecer uma verba do orçamento para inovação, sem detalhar seu foco; exigir que no projeto-piloto da inovação já se tenha resultados financeiros significativos; trabalhar na perspectiva de que quanto mais projetos melhor; acreditar que todas as ideias estão dentro da empresa, não consultando clientes, fornecedores e parceiros durante o processo.
Enfim, prevenir-se contra estas armadilhas pode ser o começo da melhoria do portfólio de produtos e serviços da empresa através da inovação.
Instrutor Walter Gassenferth
Consultor associado da LCM Treinamento Empresarial