Inclusão digital é o processo de democratização do acesso às ferramentas de TI (computadores, smartphones, e-mail, INTERNET, redes sociais), visando permitir a inserção das pessoas na sociedade da informação.
Dentro do conceito de inserção das pessoas na sociedade da informação, um sistema de educação continuada pode ser a oferta de trabalhos e leituras em um site sobre a disciplina que está sendo estudada. No início do século XXI, é impressionante o número de pessoas que fazem pós-graduação e trabalham em grandes empresas, mas não têm a menor intimidade com a INTERNET ou mesmo com seus computadores pessoais. A quantidade de alunos que preferem receber e entregar trabalhos em papel ou, no máximo, por e-mail, e que optam por rotinas que não as façam ir à grande rede, é significativa para os dias de hoje. O que dizer das críticas aos efeitos malévolos da INTERNET sobre as crianças e sobre sua educação? E aqueles que pagam revistas e jornais que poderiam ser lidos gratuitamente na Web?
De onde vem esta falta de atração pelo enorme contingente de informação que possui a grande rede? O desinteresse vai desde o conhecimento precário de como o computador se liga ao mundo, até o desconhecimento das possibilidades do que fazer quando se está frente à uma página digital. Pessoas que gostam de música e não se beneficiam da enorme quantidade delas na rede; alguns que que gostam de esportes, mas não veem partidas pela Web, mesmo aquelas que não são exibidas ao vivo pela TV.
Uma monografia de Cristiane Millan de Mattos, defende a importância da escola assumir o papel de espaço de inclusão digital, fazendo tais tecnologias trabalharem a serviço de uma metodologia de ensino que privilegie a interação dos alunos nesta sociedade da informação, anulando, assim, as diferenças sociais existentes. Ao se utilizar diferentes mídias, colaboram para a apropriação de um ambiente de comunicação mais amplo trazendo mais recursos e competências ao cidadão, que serão complementados por diferentes programas sociais do governo federal.
O professor Elysio Mira Soares de Oliveira, consultor em Ciência e Tecnologia da Informação, afirma em seu artigo “A internet: Início de uma era de mudanças” que hoje as pessoas vivenciam uma nova era que surge através de uma rede de circuitos que envolve o planeta, simulando a rede de neurônios que compõem o cérebro humano. Qualquer pessoa pode se integrar a esta rede através de um processo simbiótico e usufruir de todo conhecimento gerado e armazenado pela humanidade. E diz ainda que o domínio dos meios que nos abrem as portas desta nova dimensão, é tão importante quanto foi o domínio da escrita na história da humanidade.
Em verdade, a mudança é o grande desafeto, e não a INTERNET. A metamorfose por que passa a sociedade global está muito acelerada, e a reação dos mais conservadores é proporcional a esta profusão de novidades.
Mas como estes profissionais esperam liderar a geração Z, que já nasce com um celular na mão jogando ou vendo fotos? Os primeiros meninos e meninas desta geração começarão a chegar ao mercado de trabalho em seis anos. Mas como serão recebidos? Cabem aqui algumas dicas para que os desconectados se liguem na busca de um futuro melhor e mais inclusivo:
1. Respeitar as opiniões da geração Z e ouvi-los principalmente quando o assunto for aquisição de conhecimento via Web;
2. Aumentar a participação nas ações que envolvam a grande rede, visando torna-la mais íntima do cotidiano de cada um;
3. Dar maior significado às ações empresariais, através da responsabilidade ambiental e social, bem como valorizar mais os processos que os resultados: Bons resultados são frutos de processos bem elaborados e conduzidos;
4. Perseguir o equilíbrio entre a qualidade de vida e as responsabilidades corporativas, como fazem os “autores do salto geracional”, alcunha atribuída aos integrantes da geração Z;
5. Investir no conhecimento de ferramentas, tecnologias e metodologias necessárias à execução de trabalhos mais completos, que levam a um crescimento profissional e pessoal;
6. Reconhecer as pessoas por seus atributos e méritos, mais do que pelos seus títulos ou pelo tempo de permanência em uma determinada atividade ou posto.
A INTERNET veio para ficar; ela é uma inovação, que a tipologia 3M de inovações em produtos classifica como extremamente radical, como foi a televisão, o automóvel, o avião e a comunicação móvel. A resistência e campanhas contra ela, são fúteis. A sua utilização traz vantagens econômicas e sociais. Seu domínio e utilização garantem não só a longevidade no mercado, como também maior interação e entrosamento com os herdeiros do planeta: A geração Z. Já pensou em fazer uma página sobre o seu assunto preferido com suas contribuições e opiniões sobre ele? E ganhar dinheiro fazendo isto? Repense seus planos para o futuro!
Referências:
MATTOS, Cristiane Millan. A Escola Como Espaço de Inclusão Digital. Disponível em http://monografias.brasilescola.com/matematica/a-escola-como-espaco-inclusao-digital.htm. Consultados em 18/03/2015.
OLIVEIRA, Elysio Mira Soares de. A internet: Início de uma Era de Mudanças. Disponível em http://www.elysio.com.br/site/artigo6.htm. Consultado em 17/03/2015.
Instrutor Walter Gassenferth
Consultor associado da LCM Treinamento Empresarial