De acordo com a Comunidade Budista Soto Zenshu da América do Sul (2012), o segundo dos doze princípios básicos do budismo diz que “O primeiro fato da existência é a lei da mudança ou impermanência. Tudo o que existe, de uma mancha a uma montanha, de um pensamento a um império, passa pelo mesmo ciclo de existência; a saber: nascimento, crescimento, decadência e morte…”. O filósofo grego Heráclito (apud SPINELLI, 2003), que viveu entre 540 e 475 AC, dizia que “tudo o que existe está em permanente mudança ou transformação”. O professor Carlos Salles, da FGV, em seu artigo intitulado O Novo Ambiente de Negócios (2003), cita que os chineses consideram a mudança como um ambiente onde se instala uma crise e a representa com 2 ideogramas conjugados; o primeiro significando “riscos potenciais” e o segundo, “oportunidades escondidas”; e procura mostrar três forças que alavancam as mudanças no mercado: O Cliente, provocando profundas transformações nas organizações a partir de suas mudanças de comportamento, que acabam por gerar oportunidades para algumas empresas e ameaças para outras; a Tecnologia da Informação, unindo informática a telecomunicações e provocando profundas transformações no nosso ambiente de negócios e na nossa vida pessoal; e a Globalização, quebrando totalmente as fronteiras para a informação, o conhecimento, a cultura, o lazer, os negócios e o comércio, acarretando um grande aumento na competição.

Para fazer frente a estas mudanças constantes nos ambientes internos e externos às organizações, se faz necessário ao profissional moderno o desenvolvimento de algumas competências. Fernando Cyrino (2012) em seu artigo As 10 competências necessárias ao processo de mudança, discorre sobre as aptidões necessárias ao convívio proveitoso com as mudanças, que podem ser resumidas em sete capacidades:

  1. Liderar transformando: Que significa investir no desenvolvimento das potencialidades e talentos do pessoal, favorecendo as suas capacidades e habilidades para o sucesso das metas institucionais e as individuais;
  2. Comunicar: Ação que deve ser desenvolvida por uma empresa, órgão ou pessoa visando estabelecer canais que possibilitem o relacionamento ágil e transparente da direção com o público interno, e entre os próprios integrantes deste público, incluindo o Feedback dado aos clientes, colegas, superiores ou liderados;
  3. Agir de acordo com valores éticos: Que constitui uma forma de atuar de acordo com valores morais e princípios que sustentam a nossa formação de caráter.
  4. Planejar: Que é a capacidade de entender os objetivos da organização, de gerar metodologicamente estratégias, desdobrando-as em planos de ação para o alcance dos objetivos estabelecidos;
  5. Trabalhar em equipe: Que é a capacidade de efetuar a Execução de um trabalho, de forma cooperativa e harmônica, aumentando assim a velocidade e a precisão deste processo;
  6. Focar nos resultados: Que implica em exercitar o Controle metódico das ações para se atingir o que foi planejado;
  7. Alcançar uma Aprendizagem Organizacional: Que é a capacidade de avaliar a mudança depois de implementada para gerar um incremento na habilidade de resolver problemas e na capacidade de atender às demandas do mercado.

Em suma, as competências sugeridas vão ao encontro dos quatro Ps da gestão empresarial: PLANEJANDO; liderando de forma transformacional, comunicando e agindo de forma ética com as PESSOAS; trabalhando em equipe como num PROJETO; e criando PROCESSOS que privilegiem o foco nos resultados e no aprendizado organizacional, podem ser obtidas as competências necessárias para uma melhor relação com as constantes mudanças do mercado.

 

Instrutor Walter Gassenferth

Consultor associado da LCM Treinamento Empresarial

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