Quando penso em mudança, sempre lembro do McDonald’s com um misto de curiosidade e admiração, por ter sido uma empresa que teve que educar seus jovens colaboradores a vender saladas, além de hamburgers. Mais do que uma mudança no mix de produtos, esses jovens tiveram que protagonizar uma mudança conceitual do negócio em todo o mundo.

São as mudanças que, além de interagir com aspectos culturais, precisam ter a velocidade exigida pelo mercado. Sabemos que a tecnologia evolui rapidamente, mas o ser humano não. A resistência do ser humano à mudança é algo do seu imaginário, como as pequenas estacas nas quais os donos de circo prendem seus elefantes.

Diante desse contexto, a Comunicação Interna e o Endomarketing também tiveram que evoluir rapidamente. Afinal, apesar de resistente à mudança, o ser humano deixou de ser passivo para tornar-se completamente ativo, o que é muito paradoxal. Hoje, o boca a boca e o mouse a mouse são muito mais rápidos do que qualquer outro processo de comunicação, o que exige uma série de inovações em nível interno.

Essas inovações vão desde as pequenas intervenções com ações interativas até mídias digitais e canais eletrônicos capazes de despertar a atenção e o interesse das pessoas pela informação. Mas as grandes tendências em Comunicação Interna e Endomarketing não estão ligadas apenas à interação e à tecnologia.

Em primeiro lugar, depois da crise, qualquer canal/veículo ou ação tem que ter baixo custo. Mais do que ser barato, é preciso parecer barato. Afinal, todas as empresas estão trabalhando para fazer mais com menos. Em segundo lugar, a Comunicação Interna e o Endomarketing têm que estar voltados para promover o alinhamento das pessoas à estratégia da empresa e, para isso, devem ser entendidos como processos educativos.

Em terceiro lugar, é preciso atentar para os níveis de espiritualidade e emoção presentes em cada processo ou campanha, pois as pessoas estão dando muito valor a isso. E por último, me parece que uma grande tendência é a internacionalização. O desafio de fazer uma Comunicação Interna e um Endomarketing em nível nacional passou rapidamente para internacional.

Hoje, é preciso entender que traduzir e versar são processos completamente diferentes e que aquilo que serve para uma determinada cultura, não serve para outra. Para a autora francesa Nicole Almeida, a internacionalização está transformando a vida interna das que, por estarem em países diferentes e culturas diferentes, necessitam organizar novas formas de cooperação.

Portanto, não é apenas uma questão de tradução, mas uma grande questão colaborativa que inclui a troca de experiências e a aceitação de uma cultura pela outra, já que empresas não param de comprar empresas em todos os lugares do mundo.

Análise de Medeiros Brum

Mundo do Marketing

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