A autoestima está relacionada à autoeficiência (confio no meu funcionamento mental) e no autorrespeito (sinto-me merecedor da felicidade).
A autoestima é um expressivo sinal de saúde mental e funciona como o sistema imunológico da consciência. Seu desenvolvimento depende de cultivar os próprios recursos e reflete-se na capacidade de assumir responsabilidades por nossas escolhas, pelos valores, e pelas ações que dão forma à nossa vida.
Criar um clima de segurança nos relacionamentos é essencial à autoestima. Segundo especialistas, pessoas com elevada autoestima tendem a se comunicar de forma mais eficaz, e obtêm mais facilmente a cooperação dos outros, e sabemos o quanto a cooperação dos outros é um fator fundamental para se atingir os objetivos pessoais e, especialmente, os profissionais.
Segundo Nathaniel Branden existem seis pilares para a construção da autoestima:
- A prática da integridade pessoal e profissional – é a congruência entre os ideais e a prática, ou seja, a consistência entre comportamentos, valores, objetivos.
- A prática da autoaceitação – é a recusa em manter um relacionamento antagônico consigo mesmo.
- A prática do autorrespeito – respeitar a si mesmo, inclusive seus limites.
- A prática da autoafirmação – é a recusa de falsificar a si mesmo para ser apreciado, é viver com autenticidade.
- A prática de autorresponsabilidade – é ter controle sobre a sua vida e assumir a consequência de seus atos.
- A prática da intencionalidade/objetivos – é orientar nossas energias na direção daquilo que selecionamos para a nossa vida. É ter propósitos específicos congruentes com as minhas capacidades.
Estes princípios são influenciados por alguns fatores que podem contribuir positiva ou negativamente para o desenvolvimento da autoestima das pessoas no trabalho:
- Liderança – a credibilidade do líder depende da consistência e previsibilidade do mesmo, da sua coerência entre discurso e ações.
- Feedback crítico – A crítica construtiva contribui para a mudança de comportamento; já o feedback ineficaz afeta a autoestima, provoca sentimento de desvalorização.
- Delegação – receber delegação de forma eficaz fortalece a autoestima e aumenta o comprometimento das pessoas com a liderança.
- Acesso às informações – A falta de informações gera um sentimento de exclusão e frustração.
- Autonomia e Responsabilidade – perceber que têm autonomia e responsabilidade valoriza as pessoas e estimula a autoestima.
- Motivação – O orgulho pela própria competência e a realização de um trabalho bem feito é fundamental para a autoestima no trabalho.
- Acordos estabelecidos – respeitar as regras, integridade e honestidade. Assumir responsabilidade sobre as suas ações é sinal de maturidade e uma das condutas que valorizam a autoestima nos ambientes de trabalho.
- Assertividade – expressar opiniões sem medo e culpas também aumenta a autoestima.
- Empatia.
- Relacionamento.
Um dos maiores obstáculos ao desenvolvimento de nossa autoestima é a culpa, por isso, aprender a lidar este sentimento tornou-se uma capacidade extremamente importante para o fortalecimento de determinadas competências:
- Admita o “fato” e assuma responsabilidade.
- Entenda o que fez e por que o fez.
- Se houver terceiros, diga-lhes o que sente e reconheça o que eles estão sentindo.
- Repare o ato, se houver dano.
- Estruture-se para fazer corretamente da próxima vez.
- Aprenda e siga em frente!
“Autoestima é a disposição para experimentar a si mesmo como alguém competente para lidar com os desafios básicos da vida e ser merecedor de felicidade”.
(Nathaniel Branden)