Cadeia de Valor, segundo Michael Porter, em seu livro Vantagem Competitiva Criando e Sustentando um Desempenho Superior, “é um conjunto de atividades desempenhadas por uma organização desde as relações com os fornecedores e ciclos de produção e de venda até a fase da distribuição final”, ou seja, é o conjunto de processos da empresa que agrega valor aos insumos, transformando-os em produtos ou serviços. Portanto, a Cadeia de Valor é mapa dos macroprocessos principais e de suporte da organização.

A partir desse mapa, também chamado de mapa de contexto da organização, é possível desenhar os processos da empresa, identificando as áreas atuantes em cada processo, delimitando as fronteiras de cada um deles, definindo os seus objetivos, levantando o fluxo de atividades dos processos, reconhecendo as áreas responsáveis, determinando os indicadores e metas que servirão de medida de desempenho para cada um dos processos, consolidando as iniciativas impactantes de cada um deles e finalmente mapeando os problemas de nível de maturidade dos processos e de seus operadores.

Os processos da empresa definidos e estudados geram uma grande oportunidade para que as forças e fraquezas da organização sejam levantadas com o objetivo de auxiliar na geração das estratégias que adequarão a empresa ao seu ambiente externo, ao seu sistema de valor. Outra oportunidade que o levantamento dos processos a partir da Cadeia de Valor da Organização proporciona é o conhecimento de que cada uma das atividades da companhia seja para ajudar um novato a começar em sua função com uma curva de aprendizagem mais curta, seja para aumentar o conhecimento sobre um processo por quem opera um outro antecessor ou subsequente, uma vez que, se escritos de forma sucinta, os processos são um mapa de funcionamento das diversas partes da organização.

Mas, se os processos forem escritos de forma simplificada, como detalhar algumas de suas funções? A resposta está no desdobramento desses eventos ou atividades dentro dos processos em fluxos de subprocessos, que garantam a descrição necessária ao entendimento mais detalhado de uma atividade específica. Por exemplo, se na Cadeia de Valor da empresa aparecer um macroprocesso sob o título Gerir os Recursos Humanos da Empresa, seu desdobramento levará a um fluxo de atividades que contempla os seguintes processos: Provisão de Recursos Humanos; Aplicação de Recursos Humanos; Desenvolvimento de Recursos Humanos; Manutenção de Recursos Humanos e Monitoramento de Recursos Humanos. Cada um desses processos terá alguns subprocessos dentro de seus fluxogramas que poderão ser detalhados para um melhor entendimento do conjunto de atividades da empresa. Provisão contempla os subprocessos Recrutamento, Seleção e Desligamento; Aplicação contém Integração, Desenho de Cargos e Análise de Cargos e Salários; da mesma forma, Desenvolvimento é composto por Treinamento, Desenvolvimento Organizacional e Desenvolvimento das Competências Individuais; Manutenção é composta pelos subprocessos Gestão dos Benefícios Sociais e Relações Trabalhistas e Legislação; por sua vez, Monitoramento contempla Operação dos Sistemas de Informações de RH e Gestão do Desempenho Individual e Coletivo da Empresa.

Um último ganho para as organizações que possuem uma Cadeia de Valor definida e que a desdobra em seus processos corporativos e operacionais é ter uma ferramenta prática de sincronismo da organização. Uma vez definidas as estratégias e os objetivos estratégicos da empresa, é possível relacionar cada conjunto de objetivos com um ou mais macroprocessos da companhia, provocando suas revisões e atualizações para que as estratégias tenham mais chances de sucesso.

 

Professor Walter Gassenferth

Consultor associado da LCM Treinamento Empresarial Ltda

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