A construção de um Balanced Scorecard demanda seis passos, com vários pontos de retroalimentação entre eles. Previamente a estes passos faz-se necessária à criação de três equipes, uma de desenvolvimento com especialistas em planejamento e processos, uma de líderes e uma de construção de indicadores. Após a formação destas equipes, os seis passos a serem trilhados estão descritos a seguir:

1. Traduzir a Visão de Futuro da Organização para a organização como um todo
A missão (Ponto de Partida), as estratégias (Caminhos), e a visão da empresa (Ponto de Chegada), além de uma proposição de valor para seus clientes, e as diretrizes da empresa controladora (Holding), devem ser comunicados de forma clara para toda a organização, incluindo aqueles profissionais que vão interpretá-las dentro de cada área.

2. Identificar os temas chave que conduzem à estratégia
Nesta etapa as estratégias devem ser classificadas em temas segmentados, chamados de Temas Estratégicos e desdobradas em Objetivos Estratégicos. Não basta dizer que as vendas devem aumentar 20% este ano (Estratégia). Cada área envolvida necessita saber o que fazer para viabilizar esta estratégia. Por exemplo, Marketing deve melhorar o desempenho de determinado produto; Operações deve preparar-se para produzir mais unidades por mês; Logística de Saída deve trabalhar para entregar mais unidades em diversos pontos do território nacional (Estes são Objetivos Estratégicos).

3. Construir o Mapa Estratégico da organização
De acordo com a Symnetics Business Transformation (2004), o Mapa Estratégico é elaborado a partir dos componentes: “Visão Estratégica”, “Temas Estratégicos”, “Proposição de Valor”, “A própria Estratégia” e os “Objetivos Estratégicos da organização”. Portanto, é a partir daí que se entra na construção propriamente dita do Balanced Scorecard. A montagem do mapa é feita a partir de entrevistas com os principais executivos da companhia. O principal valor agregado ao processo nesta fase é a geração e classificação de cada Objetivo Estratégico dentro dos Temas Estratégicos definidos, e a identificação das relações de causa e efeito de cada objetivo, criando vínculos entre eles e alocando-os nas raias de perspectivas apropriadas: Financeira ou de Resultados, de Clientes ou de Mercado, Interna ou de Processos Internos, e de Crescimento e Aprendizado.

4. Determinar indicadores e metas
A partir deste passo estamos construindo uma espécie de painel que visa criar formas de medir os Objetivos Estratégicos e implementá-los. Quanto aos indicadores, estes podem ser criados em duas modalidades: Os de resultado, que tem foco no desempenho ao final de um período de atividade; e os de tendência, que medem processos, atividades e comportamentos que apontam para a realização de resultados.

5. Selecionar iniciativas prioritárias
Estas iniciativas são ações estratégicas necessárias para eliminar as lacunas entre o desempenho almejado e o desempenho efetivo; elas devem ser levantadas e relacionadas com os Objetivos Estratégicos, priorizadas para satisfazer o aporte financeiro disponível para sua execução, respeitando os Fatores Críticos de Sucesso da empresa.

6. Plano de Implementação
Nesta fase, um plano de implantação contendo um sistema de reportes e revisões periódicas do plano, deve ser montado, seja baseado no método SMART, seja sob a forma de um 6W e 2H, ou mesmo num Projeto se o número de iniciativas prioritárias for muito grande.

A experiência de Kaplan e Norton (1997) mostra que o primeiro Balanced Scorecard de uma organização pode ser criado em 16 semanas. A Symnetics Business Transformation afirma que atualmente no ambiente de negócios brasileiro consegue-se construir o primeiro BSC de 8 a 12 semanas. A implementação definitiva com ajustes e o primeiro ciclo de revisão para melhorias podem levar de 6 a 12 meses.
 

Instrutor Walter Gassenferth

Consultor associado da LCM Treinamento Empresarial Ltda

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