Pelos corredores da empresa, ouve-se: networking, avaliação 360 grausbudgetclima organizacional. Esses são apenas alguns dos milhares de jargões, estrangeirismos e termos técnicos que fazem parte do ambiente profissional e compõem o chamado corporativês: o linguajar do mundo corporativo. E é inegável: para inserir-se, é preciso falar essa língua.

Entretanto, ainda não existem cursos que ensinem o vocabulário corporativo aos colaboradores. O maior aprendizado é aquele adquirido pela experiência do dia a dia. Mas é possível (e recomendável) se informar para evitar gafes entre os colegas e tornar a comunicação mais eficaz.

Confira a seguir o significado de alguns termos básicos da gestão empresarial:

  1. Autogestão: Modelo de gestão no qual um organismo é administrado pelos próprios participantes/ integrantes, sem a figura do superior (patrão ou chefe). Todos os colaboradores participando das decisões gerenciais em igualdade de condições.
  2. Avaliação 360 graus: Sistema usado para medir o desempenho. O colaborador não é submetido somente à avaliação do chefe-imediato, mas, também, a dos colegas de trabalho, subordinados e até de clientes.
  3. B2B: Sigla fonética de “business to business”. É o comércio entre empresas. Trata-se de um mercado sem a participação do consumidor final.
  4. Balanced ScoreCard – BSC: Significa “cartão de aferição ponderada e integrada”, ligado ao processo de controle dos resultados da empresa. O BSC Manager traduz a estratégia em resultados, através do estabelecimento de objetivos, indicadores de desempenho, metas e ações, levando a um processo de monitoramento contínuo, analisando, concluindo e agindo junto com sua equipe, compartilhando seu “painel de comando”.
  5. Benchmarking: Processo sistemático e contínuo de medida e comparação das práticas de uma organização com as das melhores empresas.
  6. Break-even: Em português, ponto de equilíbrio: é quando os custos da empresa são iguais às suas receitas. O cálculo do break-even point (o momento a partir do qual custos e receitas de um negócio se equilibram, ou seja, o ponto de lucro zero da empresa) é muito importante para o processo de planejamento estratégico e financeiro.
  7. Budget: É o orçamento – normalmente anual. O processo de planejamento financeiro anual deve ser precedido de uma definição de objetivos, estratégias, prioridades, pessoal e organização, processados numa modelagem financeira em planilhas Excel ou equivalente. É importante envolver pelo menos cinco áreas da empresa: marketing, engenharia, logística e/ou produção, vendas, treinamento e finanças.
  8. Business Intelligence – BI: Processo de coleta, organização, análise, compartilhamento e monitoramento de informações que oferecem suporte à tomada de decisões empresariais.
  9. Canvas: Metodologia para organizar (em um espaço) ideias sobre como buscar resultados. A organização é feita por meio do preenchimento de um quadro, utilizando post-its – uma aplicação estruturada, instigante e envolvente para construir, alterar ou avaliar modelos de gestão empresarial.
  10. Capital de Giro (working capital): São os recursos financeiros utilizados para cobrir os custos do dia a dia e o prazo entre o pagamento de despesas e o recebimento da receita.
  11. Capital Humano (human capital): Diferente de recursos humanos, capital humano é o conjunto de conhecimentos, experiências e aprendizados das pessoas que lhes permitem realizar trabalhos com diferentes graus de complexidade e especialização.
  12. Clima organizacional: É o ambiente interno de uma empresa. Para avaliá-lo, são considerados aspectos relacionados à liderança, motivação e planejamento de carreira.
  13. Commodity: Produto primário, geralmente com grande participação no comércio internacional.
  14. Controlling: controlling permite definir e gerenciar orçamentos e comparar os índices reais e planejados a qualquer momento, obtendo um quadro exato e atual do seu negócio.
  15. Core Competence: Confunde-se muito core competence com core business. Este último significa o negócio principal da empresa; core competences são competências que os clientes apreciam (e pagam) e que os concorrentes têm dificuldades em imitar.
  16. Customer Relationship Management – CRM: Em português, Gestão de Relacionamento com o Cliente. Permite identificar/entender grupos de clientes e desenvolver estratégias para gerenciá-los de forma mais rentável, por meio de um conjunto de ferramentas que automatizam as funções de contato com o cliente.
  17. Design Thinking: Modo de pensar graficamente. É uma abordagem que facilita pensar e atuar “fora da caixa”, bem como utilizar a criatividade de forma colaborativa para gerar e implantar ideias (criatividade e inovação), a partir das necessidades reais dos stakeholders (grupos de interesse).
  18. Empowerment: É uma ação da gestão que visa o melhor aproveitamento dos colaboradores por meio da delegação de poder. A prática é feita por empresas que dão mais poder, autonomia e responsabilidades aos seus colaboradores e que estão mais bem posicionadas para competir. É necessário alto grau de autonomia individual.
  19. Empresabilidade: Conjunto de ações feitas pela empresa para tornar-se atrativa a colaboradores, clientes, fornecedores, parceiros e investidores.
  20. Enterprice Resource Planning – ERP: Sistema de informação cuja função é armazenar, processar e organizar as informações geradas nos processos organizacionais, estabelecendo relações de informação entre todas as áreas de uma companhia.
  21. Gestão Baseada em Valor– GBV (Value Based Management – VBM): Modelo de gestão empresarial, que tem como foco maximizar o valor dos shareholders (acionistas) – numa abordagem restrita e dos stakeholders (grupo de interesse) – numa abordagem ampla.
  22. Gestão da Mudança (Change Management): Os gestores devem se preparar para a mudança respondendo a três perguntas fundamentais: Como será a organização do futuro?; Qual o processo de mudança ideal?; Qual o tipo de competência que fará a diferença? Criam-se, então, equipes de trabalho competitivas e motivadas (focus groups), das quais surgem, naturalmente, os agentes de mudança.
  23. Gestão do Conhecimento (Knowledge Management): Modelo de gestão que desenvolve processos para a aquisição e compartilhamento de conhecimentos, experiências e aprendizados com todos os colaboradores.
  24. Gestão por Competência: Modelo que visa gerir competências individuais e estimular novas, bem como alocá-las de forma a multiplicarem o potencial produtivo da empresa.
  25. Gestão por Objetivos (Managment by Objectives – MBO): Sistema de gestão em que os colaboradores e os superiores definem em conjunto qual é o objetivo do trabalho, como realizá-lo, de que forma será avaliado e qual o tempo necessário para a concretização.
  26. Intraempreendedor: É o colaborador com espírito empreendedor. Alguém que trabalha dentro de uma organização, transformando ideias em ações para gerar soluções impactantes.
  27. Key Performance Indicator (KPI): Técnica de gestão que avalia o desempenho do negócio (Exemplos: taxa de cancelamento de pedidos, taxa de horas de parada de equipamento, fator de capacidade líquida, retorno sobre investimento, custo da mão de obra, etc.).
  28. Organização que Aprende (Learning Organization): São empresas gerenciadas de forma transparente, com gestores que divulgam aquilo que sabem, pedem ajuda quando não sabem e facilitam o aprendizado de seus liderados.
  29. Networking: Ação de estabelecer e manter uma rede de contatos. Fazer networking é uma ótima forma de otimizar a base de seus relacionamentos e transformá-los em benefício mútuo.
  30. Planejamento Estratégico: Avalia o potencial total de um negócio, vinculando objetivos e ações.
  31. Plano de Marketing: Ferramenta que alinha diagnóstico de mercado (análise SWOT), objetivos de marketing, estratégia de marketing, marketing mix, previsão de vendas, orçamento de marketing e monitoramento de resultados.
  32. PME: É a sigla para pequenas e médias empresas. Uma pequena empresa possui de dez a 49 colaboradores; uma empresa média, entre 50 e 249.
  33. Retorno sobre Investimento (Return on Investment – ROI): É um índice financeiro que mede o retorno de determinado investimento realizado e contabilizado em meses, nos quais ele será amortizado para, a partir daí, gerar lucro.
  34. Análise SWOT (SWOT Analysis): Ferramenta que analisa a competitividade de uma organização, considerando as seguintes variáveis: Forças, Oportunidades, Fraquezas, Ameaças. Em português, é chamada de “FOFA”.
  35. Teambuilding: Conscientização dos profissionais a respeito da importância e da necessidade do trabalho em equipe, por meio de ações que motivem as pessoas a realizar as atividades diárias.

 

Texto de Werner Kugelmeier

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